quarta-feira, 6 de março de 2019

Nada será como antes

O futebol não é uma ciência exata, ele tem uma série de nuances que fazem desse esporte um dos mais imprevisíveis do mundo, dentro e fora do campo.
Eu comparo a dinâmica do futebol com uma nuvem: se você olhar agora, ela está de um jeito, se você piscar, ela já mudou sua forma.
O futebol é muito sensível e dinâmico, quase nada que ocorreu no passado é garantia que se repita agora, no presente.
Quando um clube decide novamente contratar um determinado jogador que já vestiu a camisa desse clube com sucesso, espera-se que a mesma performance deste jogador seja repetida em sua nova passagem, o que, quase sempre não acontece.
E por que não acontece?
Porque existem inúmeros fatores e situações envolvidas, subjetivas e objetivas, como por exemplo, a mudança do elenco: são outros jogadores, outras cabeças; fatores psicológicos: ambiente, interação dos jogadores ("clima do vestiário") ou seja, será que todo o elenco hoje está com o mesmo foco e dedicação que estava na primeira passagem do jogador pelo clube?
Será que o próprio jogador, hoje, está com a mesma forma física ou com a mesma motivação que estava antes?
O estilo de jogo, a forma de jogar, lugar em campo e as funções que o novo treinador impõe a este jogador não devem ser as mesmas de antes.
A própria ação do tempo é responsável por essas mudanças, pois um jogador que sai de um clube com 21 anos e volta com 30 por exemplo, não chega com as mesmas condições de antes.
Mas isto não acontece somente com jogadores, acontece muito também com os treinadores.
Vou citar alguns exemplos:


O São Paulo recontratou o jogador Hernanes na esperança dele mostrar novamente todo o futebol que apresentou em sua segunda passagem pelo clube (a atual seria a terceira), mas não é isto que está acontecendo.










O Corinthians trouxe de volta o técnico Fábio Carille esperando que o time volte a ser vencedor, mas pelo menos neste início de trabalho, a equipe ainda tropeça.







Vágner Love, que o Corinthians trouxe novamente da China, ainda não repetiu a performance de sua primeira passagem pelo clube.







O técnico Cuca, em sua primeira passagem recente pelo Palmeiras também obteve muito sucesso, sendo campeão brasileiro em 2016, mas em seu retorno em 2017 saiu no mesmo ano sem nenhuma conquista.






Existem muitos outros exemplos não tão recentes para citar: o meia Alex, quando voltou ao Coritiba, Zico em seu retorno ao Flamengo, depois de defender a Udinese.
Portanto, muitas vezes, engana-se a diretoria de um clube ao pensar que, ao recontratar um profissional que um dia fez sua torcida muito feliz, terá a garantia de que a tal felicidade retornará, pois como diria o poeta, assim como as nuvens, também "as estrelas mudam de lugar".





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